Logo eu, que morro de medo de qualquer coisa que me tire do chão, eu que nunca andei de asa delta, que jamais escalei montanhas e que faço de conta que não tô nem aí quando encaro um avião, ando fascinada por qualquer coisa que levante voo – rasante ou não – como pipas, borboletas e balões. Deve ser mais uma fase, que Freud explicaria se eu lhe desse ouvidos, como aquela das lagartixas e dragões doces. Deve ser também, porque cortar raízes já não me dói faz tempo. Não sei se (me) cortei demais ou se mereci imunidade por tempo e estrada. O que me dói mesmo, é a falta que me fazem as asas…
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